
Reinaldo Azevedo, o ácido colunista e blogueiro da Veja, mostra, no texto abaixo, a intangibilidade da pretensa segurança que o Estado nos propõe e as bobagens que aparecem na imprensa quanto à liberação das drogas e outras idéias ocidentais, cristãs e anglófilas:
“Suponho que, se legalizadas as drogas, continuarão proibidas outras modalidades de crime: assaltos, roubo de carros, pedofilia, tráfico de órgãos, de armas… Qual é a fantasia dos não-proibicionistas? Garotinhos dos morros, ao cair da tarde, andariam pelas praias da Zona Sul do Rio vendendo suas trouxinhas aos bacanas que aplaudem o ocaso… Não será assim. Os que estão envolvidos com o narcotráfico não costumam ter qualquer amor especial pela droga ou vinculação moral com ela. Estão nessa porque ela é proibida. Quando não for mais, mudarão de ramo e vão atuar, como direi?, em outras proibições. Sei: é difícil para certa mentalidade considerar que o crime é, sim, uma escolha, uma opção.”
