Setor algodoeiro quer mais verba para comercialização

 

João Carlos Jacobsen
João Carlos Jacobsen

O descompasso entre o orçamento apertado previsto na proposta orçamentária para 2010 para suporte à comercialização do setor agrícola, de R$1,2 bilhão, e a demanda real estimada pelos produtores, da ordem de R$3 bilhões, motivou líderes da cotonicultura brasileira, dentre os quais o representante da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), João Carlos Jacobsen, a reunirem-se na última quarta-feira (28) no Congresso Nacional, em Brasília, com o relator-geral da proposta, o deputado Geraldo Magella (PT-DF).

A comitiva foi formada pelos presidentes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo da Cunha, da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão do Ministério da Agricultura (Mapa), Sérgio De Marco, da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), João Carlos Jacobsen, da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Gilson Ferrúcio  Pinesso, da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Marcelo Jony Swart, da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa), Ronaldo Spirandelli, e da Associação Sul-matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), Walter Schlatter. Acompanharam os representantes dos cotonicultores o senador Gilberto Goellner (DEM/MT) e o deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), militantes da causa do algodão.

De acordo com o Jacobsen, embora o relator tenha se mostrado sensível ao pleito dos produtores, todos reconhecem que as possibilidades de um ajuste não previsto de orçamento não são grandes. “Este ano o orçamento foi muito apertado por causa da baixa da arrecadação. O Governo ficou sem área de manobra e sabemos que inserir despesas não planejadas é complicado. Entretanto, estamos falando de R$1,2 bilhão para todo o setor, o que está muito aquém do demandado. Só o café precisa de cerca de R$700 milhões”, afirma o presidente da Abapa. Ele enfatiza que os recursos para o suporte à comercialização devem ser previstos, mesmo que não sejam utilizados. “Ninguém quer depender de Pepro. Se os preços subirem, o prêmio não se justifica, mas os riscos da atividade agrícola são muitos”.

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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