Aconteceu hoje, 14, em São Paulo o primeiro leilão voltado exclusivamente para contratação de energia eólica, que vai adicionar 1,8 mil MW de potência ao sistema elétrico brasileiro em 2012, ao preço médio de R$ 148,39 por MWh.
O certame teve início hoje às 10h30 e terminou às 18h15, na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), em São Paulo. No total, 171 usinas das regiões Nordeste e Sul saíram vencedoras.
Rio Grande do Norte concentrou 657 MW, Ceará ficou com 542 MW. A Bahia ficou em terceiro, com 390 MW, e depois Rio Grande do Sul, com 186 MW. Por último veio Sergipe, com 30MW.
O preço inicial estipulado pelo governo foi de R$189 o MWh. O deságio foi de 21,5%. O critério do leilão foi a oferta do menor preço para energia, tendo em vista a tarifa-teto do governo.
A operação, organizada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e CCEE foi realizada na modalidade de reserva –ou seja, vai contratar um volume de energia além do necessário para atender à demanda brasileira em 2012.
Os empreendimentos somam capacidade instalada de 10.005 MW. Os vencedores assinarão contratos de compra e venda de energia com 20 anos de duração.
Essa é uma notícia importante quando se pensa, primeiro, em diversidade da matriz energética e, segundo, em sustentabilidade da produção de energia. Se a energia eólica é boa para países que precisam ocupar espaço até no mar com aerogeradores, imagina no Brasil, com fartura de terras e litoral. Além disso, só aumentando de maneira significativa as instalações, o custo de fabricação dos equipamentos vai diminuir.
O setor de energia eólica está em franca expansão mundial e dá seus primeiros passos no Brasil, onde o potencial energético total é de 143 mil megawatts – praticamente o dobro da potência instalada atualmente no país.

