
A troca de acusações entre os vereadores de Luís Eduardo e a Rádio Cultura, com fulcro num projeto de doação de terreno à AMA – Associação de Moradores do Bairro Santa Cruz, onde seria construída a Casa de Passagem do Menor, gerou uma grande polêmica que acabou na Justiça. Após negar a aprovação do projeto na semana passada, principalmente com as acusações do vereador Sidnei Giachini, de que a AMA não é uma entidade democrática, dois locutores fizeram, no programa do meio-dia, um forte ataque ao vereador. Giachini entrou então, esta semana, com Medida Cautelar Criminal contra a Rádio Cultura, solicitando que a emissora forneça as fitas do programa veiculado no dia nove, quarta-feira passada.
Eder Fior acompanhou Giachini em sua alocução na tribuna:
– Agora a Rádio Cultura terá que prestar contas, por intimação do juiz. Podem calar a todos, mas a mim não vão calar.
Giachini fez um pedido de retirada de pauta do projeto de doação do terreno, no que foi aceito pela Presidência da Casa e asseverou:
– Que a AMA realize eleições, que se torne uma instituição democrática, que apresente suas contas e mostre onde gasta 60 mil reais por mês, que nós autorizaremos a doação.
O vereador Ariston Gomes Aragão, que foi sócio fundador da AMA e seu presidente em 2004, assistiu impassível os pronunciamentos de Giachini e Fior. Ao final, tentou explicar porque a AMA não realiza eleições há tanto tempo, mas com oratória limitada, apenas tartamudeou algumas frases desconexas, inaudíveis para a maioria da platéia, praticamente acuado frente aos discursos incisivos de Eder Fior e Giachini.
