Um protesto contra a baixaria global

Quem quiser se divertir com os versos de um bom cordelista, baiano de Santa Bárbara, clique em Antonio Barreto. Seus versos sobre esta praga que invadiu nossos lares, o tal de espetáculo da realidade, são obra prima. Principalmente para aqueles que detestam Britos e Bials. Uma amostrinha:

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

3 comentários em “Um protesto contra a baixaria global”

  1. Há três anos não assisto mais o tal do BBB. Tive um momento de lucidez e questionei a mim mesmo: o que esse programa realmente acrescenta culturalmente a vida do brasileiro? Nada.
    Enquanto eu assisto um programa desse tipo eu poderia estar dormindo, lendo , e na mais remota das hipóteses, assistir ao programa Silvio Santos.
    O que me admira é o Pedro Bial comandar um programas desses há dez anos, realmente desconfio que o cache dele dobra em época de big brother.

    1. O Pedro Miau nunca foi essa brastemp. Lembre-se sempre, ele poderia estar assaltando, estuprando, matando. É duro manter a audiência num país de analfas. Este conluio entre operadoras de telefonia e emissoras de televisão é a maior máquina arrecadatória do País. Deixou o jogo do bicho no chinelo. Isso gera uma receita violenta.

  2. É verdade, concordo com as suas palavras.
    Mas tudo isso é o resultado da ação do estado sobre a população. Os governantes governam para si, buscando manter o cidadão literalmente no cabresto, sem cultura, sem voz, sem ação, obrigando-se o cidadão, inconscientemente, a ser manipulado por uma mídia sensacionalista (com raras exceções), e o Big Brother é o mais puro exemplo da decadência que é a televisão brasileira.

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