Os planos futuros do “Programa de Conservação da Biodiversidade” foram apresentados, ontem, em Luís Eduardo, com exclusividade para este jornal. O Programa está sendo desenvolvido há um ano pelo Instituto Bioeste e Conservação Internacional, duas entidades do terceiro setor, com o patrocínio e participação técnica da Monsanto.
No primeiro ano, o Programa fez um diagnóstico ambiental em 13 propriedades rurais da Região, num total de 8,6 mil hectares. No entanto o investimento total é de US$ 13 milhões, cerca de 23,4 milhões de reais, num prazo de cinco anos, voltado principalmente para a conservação e implantação de práticas conservacionistas entre os habitantes da região, inserindo-a no Corredor de Biodiversidade Jalapão – Oeste da Bahia.
Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da Conservação Internacional, afirma que:
“O objetivo é desenvolver ações capazes de garantir sustentabilidade na paisagem de sub-bacias do rio Grande, desenvolvendo boas práticas produtivas, evitando o desmatamento ilegal e a extinção de espécies.”
Já Arryanne Gonçalves Amaral, coordenadora de Áreas Protegidas do Instituto Bioeste, fala dos objetivos:
“Visamos a formação de corredores ecológicos por meio do incentivo à adequação ambiental das propriedades. Também focamos em ações de treinamento e capacitação, tanto de produtores como de prestadores de serviços da Monsanto.
Crisliane Santos, coordenadora de planejamento e gestão ambiental do Bioeste, explica que:
“O engajamento dos proprietários rurais é fundamental para o sucesso do nosso projeto. Nosso objetivo é inserir a sustentabilidade dentro das propriedades e aliar o conhecimento técnico do Bioeste em prol da conservação e desenvolvimento sustentável da região”.
O Cerrado, bioma presente no Oeste baiano, está entre as 34 áreas identificadas pela Conservação Internacional como as mais ricas em fauna e flora e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas do mundo, já tendo perdido cerca de 75% de sua vegetação original.

