Júlio Lautert, agrônomo da Monsanto, aponta uma saída para as dificuldades que o plantio direto tem encontrado no Oeste baiano, principalmente na formação da palhada (mulch) através da dessecação de capim milheto ou até mesmo das ervas-daninhas, que são rápidamente mineralizadas e não deixam uma cobertura vegetal satisfatória:
– Estamos recomendando o plantio do milho com brachiaria rozisienses, seguido pela entrada da soja. No entanto, como poucos querem plantar milho, em função de preços deprimidos e mercado inconstante, recomendamos a pulverização, via aérea, da semente de braquiária quando a soja encontra-se em final de ciclo, tendo, então, no próximo plantio, um volume maior de cobertura vegetal para dessecar.
Lautert explica que no plantio de variedades transgênicas são grandes os cuidados da assistência técnica da Monsanto:
-No caso do milho resistente a lagartas, guardamos uma área de refúgio, para plantio de variedades convencionais, para evitar o surgimento de insetos resistentes dentro da área de plantio transgênico. E também criamos áreas de coexistência com plantios vizinhos e de amortecimento em relação às áreas de reserva ambiental.
Lautert explica que o plantio de soja transgênica, com boa cobertura vegetal, é fator limitante para a expansão do mofo branco, doença que não tem tratamento satisfatório com fungicidas:
– O fato das gotas de chuva não jogarem terra para as folhas, amortecidas pela palhada, deixa de criar o ambiente favorável à disseminação do fungo nos cultivos.
