Foi uma corrida espetacular, com diversas alternativas, causadas pela chuva fina. Na largada, Massa devolveu a Alonso a ultrapassagem do Bahrein, pulando de 5º para 2º. Mas sua Ferrari continua com o setup errado, levando 0,7 segundos por volta de Alonso. Seu terceiro lugar foi um milagre da determinação e valentia. Corrida impecável.
A primeira parte da prova foi liderada por Sebastien Vettel, mostrando que o carro da Red Bull Racing ( ou RBR, como diz a Globo) é mesmo muito superior. Mas Vettel rodou, num cochilo ou com problema nos freios, e Jenson Button, que logo após o fim da chuva fez, por decisão sua, uma troca precoce de pneus, assumiu a liderança, mostrando que Hamilton não vai ter vida fácil na McLaren. Button é conservador ao pilotar e sabe tocar o carro com vistas ao resultado. Não foi por outro motivo, que se tornou campeão no ano passado.
Robert Kubica, com sua claudicante Renault, fez também uma corrida conservadora e defensiva, herdando o segundo lugar na prova. Rubens Barrichelo soube também tocar sua medíocre Williams e chegou na mesma posição que largou: oitavo lugar, duas posições à frente do hepta-campeão Shumacher, que mais uma vez teve flagrante desvantagem ao seu companheiro Nico Rosberg, que chegou em 5º.
Apesar da transmissão titubeante de Galvão Bueno, feita de uma cabine na sede da emissora no Rio, valeu a pena ficar acordado até as 5 horas da manhã. Galvão, nada entende de inglês, incompreensível para quem viajou tanto ao Exterior e bateu recorde: não conseguiu traduzir para ninguém o rádio da conversa dos engenheiros com suas equipes. E não presta atenção ao computador, que é a mesma tela que tenho em casa via internet. A gap de suas informações é gritante. Os resultados:
Os outros dois brasileiros, Lucas de Grassi e Bruno Senna, não conseguiram andar com suas respectivas cadeiras de rodas. Não pertencem definitivamente à Fórmula Um. Talvez no ano que vem.


