O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse na quinta-feira, 1, que sua decisão de ficar no BC foi motivada pela avaliação de que, nesse cargo, poderia contribuir mais para consolidar a estabilidade e para a racionalidade do debate econômico. Meirelles disse que “nunca teve ambições políticas” e que considerou a “opção política” como um meio para colaborar para a consolidação da economia, que cresce de forma sustentada. “Meu maior objetivo é colaborar para a perenização da estabilidade”, disse Meirelles, que usou essa mesma expressão ontem em seu discurso no evento de comemoração dos 45 anos do Banco Central.
Ao ser questionado sobre a opção eleitoral que fez em 2002 e, mesmo assim, dizer que não tem opção política, Meirelles respondeu que aquela decisão na época partiu do desejo de contribuir para o debate econômico do Brasil no sentido de apoiar o processo de criação de condições para o crescimento sustentável. “Por isso, a decisão de hoje (quinta-feira) é consistente com aquela decisão”, afirmou.
O que ninguém ousa comentar é que: primeiro, a campanha em Goiás prenuncia-se sangrenta; segundo, Meirelles deve ter recebido de Lula e Dilma a promessa de continuidade; terceiro, as relações estreitas de Meirelles com o grande capital são a certeza de uma campanha gorda para Dilma.
