Lula chora, Serra pede que rezem por ele.

Lula chora, foto de Mastrangelo Reino, da Folha de São Paulo.

O feriado do 1º de maio foi pródigo em arroubos sentimentais e fiascos de toda ordem, entre o Primeiro Cabo Eleitoral de Dilma Rousseff, o nosso Grande Timoneiro, e o candidato da Oposição, José Serra. Lula chorou no discurso do comício da CUT: “Quando eu deixar a Presidência, vou continuar morando no mesmo apartamento, na mesma distância do sindicato que me projetou na política”, disse, em prantos. “O que vai mais me dar orgulho é que vou poder acordar de manhã e olhar para qualquer trabalhador e dizer para ele ‘bom dia, companheiro’.”

Já o presidenciável tucano foi ao microfone num encontro da Assembléia de Deus, em Camboriú e, a certa altura, fez um pedido aos “irmãos” que o ouviam –no auditório, cerca de 10 mil; espalhados num parque, coisa de 160 mil: “Orem, rezem a Deus, por mim no sentido de eu ter mais sabedoria para enfrentar as batalhas e as lutas que nós temos daqui por diante”.

Duas observações importantes: 1ª) Acho que não quero que Lula me chame de companheiro, apesar de eu ter sido trabalhador a vida inteira. Simplesmente porque o fato dele ter trabalhado apenas 3 ou 4 anos de sua vida, não me faz seu companheiro. 2ª) Acho que Serra vai ter que rezar suas próprias orações, porque essa história de misturar Deus com política geralmente não dá certo. Deus não se imiscui em querelas partidárias.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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