Os produtores de pequeno e médio portes do agronegócio brasileiro estão conseguindo, com a certificação de qualidade e origem, agregar valor aos gêneros que ofertam ao mercado. Os produtos certificados chegam a custar até 50% a mais do que os que não têm esse selo de qualidade, “apesar deles serem iguais aos [produtos] não certificados”, disse o diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto Santos. Ele foi um dos participantes da Semana Sebrae do Agronegócio 2010, em Brasília.
Santos informou que o segmento responde por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e é “o meio de atividade que tem mais possibilidade de crescer, uma vez que a produção está próxima do mercado”, principalmente dos consumidores de baixa renda. Mas há potencial, segundo ele, para conquistar classes de consumo mais elevadas. Por isso, destacou o papel do Sebrae, que oferece ajuda para melhorar a eficiência da produção de menor escala.
O secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Crispim Moreira, que também participou do evento, destacou a contribuição que os produtores rurais de pequeno e médio portes dão aos programas governamentais. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ao qual está vinculada a secretaria, comprará até o fim do ano R$ 640 milhões em gêneros alimentícios dos pequenos e médios produtores, dentro do Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal. Crispin lembrou que o governo investe cerca de R$ 13 bilhões por ano na agricultura familiar, beneficiando mais de 11 mil famílias com programas de geração de emprego e renda.
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