Partidos nanicos terão 27% do tempo no rádio e TV.

Os dez micropartidos que já lançaram pré-candidatos à Presidência vão ocupar 27% da propaganda eleitoral no rádio e na TV, apesar de sua escassa representatividade política – somados, eles elegeram menos de 2% dos deputados federais em 2006. Graças à profusão de “nanicos”, a eleição de 2010 deve ter 13 candidatos – o maior número desde 1989. Seis deles integram partidos que não elegeram um único representante na Câmara dos Deputados: PCB, PRTB, PSDC, PCO, PSTU e PSL.

A exposição dos nanicos será financiada pelos cofres públicos, de maneira indireta, pois o horário eleitoral só é gratuito para os partidos. Os dez microcandidatos terão um subsídio conjunto de R$ 34 milhões para se expor no palanque eletrônico de 17 de agosto a 30 de setembro. Cada minuto de propaganda custará R$ 128 mil para o governo.

Além do subsídio indireto, os micropartidos recebem dinheiro do governo por meio do Fundo Partidário – os dez que pretendem disputar a Presidência, somados, embolsaram R$ 8 milhões no ano passado.
Dinheiro e tempo no horário eleitoral não são os únicos incentivos que a legislação oferece a políticos interessados em ganhar visibilidade na corrida presidencial: eles também terão participação garantida em debates televisionados, em condição de igualdade com os adversários. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.

A tal democracia! Em teu nome, são cometidas tantas bobagens: esse tempo de televisão vai custar aos cofres públicos alguma coisa em torno de 900 milhões de reais. Para que vejamos, em horário nobre da TV, as bobagens de políticos desconhecidos.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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