A liberação do Yuan em relação ao dólar, problemas climáticos nas regiões produtoras dos Estados Unidos e a compra de mais 120 mil toneladas de soja dos EUA (safra 2009/10) por parte da China montaram o cenário positivo que tem dado sustentação aos preços da soja no começo desta semana.
Diante disso, a curto e médio prazo, a preocupação com o clima é o que pesa mais, segundo o analista de mercado da XP Investimentos, Ricardo Lorenzet. Excesso de chuvas e temperaturas muito altas nas zonas produtoras de soja e no cinturão do milho podem prejudicar a produtividade e isso é o que tem dado sustentação aos preços.
No entanto, na visão macro da atual situação, as notícias sobre a moeda chinesa são muito positivas e trazem as expectativas de que as importações da nação asiática tendem a se manter aquecidas no médio prazo.
“Mesmo com toda a preocupação com a Europa, a China vinha mantendo esse fluxo de importações de soja e derivados, e agora o mercado trabalha com a percepção de que no médio prazo isso deve se manter”, diz Lorenzet.
Segundo o analista, o momento é interessante, com maior interesse de vendas por parte dos produtores norte-americanos e argentinos. Os produtores brasileiros, por sua vez, continuam segurando suas vendas uma vez que o dólar tem compensado um pouco a movimentação em Chicago.
“O produtor deve ficar de olho, aproveitar algumas oportunidades e ir comercializando (…) Essa época do ano, sazonalmente, é uma época boa para comercializar”, explica Lorenzet. Informações do site Notícias Agrícolas.
Hoje o preço da soja em Luís Eduardo oscilou entre R$30,30 e R$32,50.
