Remorso de gaúcho.

Correntinos: guaiaca enfeitada, chapelão e a gozação dos riograndenses.

Esta piada está circulando há muito tempo na internet, mas vale repetir para os que não leram, nestes tempos de copa do Mundo. Se o brasileiro não gosta muito dos argentinos, a gauchada tem horror. Lá no Rio Grande, argentino é castelhano e alguma coisa que não preste é chamada de correntina, com referência aos habitantes da província de Corrientes. Graças a Deus o Rio Grande é dividido com a Argentina pelo, na maioria dos trechos, caudaloso Rio Uruguai. Se não, era peleia todo dia, com direito a facão e foice, dois dos “talheres” preferidos dos dois povos irmãos.

Um gaúcho entra na delegacia de policia em Uruguaiana e dirige-se ao delegado:

-Vim me entregar, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
– Chê, disse o delegado, as leis aqui são muito brabas e são cumpridas e se o tu és mesmo culpado não terá apelação nem dor de consciência que te livre da cadeia, mas fala…
– Atropelei um argentino na estrada BR-472, perto de Itaqui.
– Ora xirú, como tu podes te culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo tempo?
– Mas o vivente estava no acostamento.
– Se estava no acostamento é porque queria atravessar, se não fosse tu seria outro qualquer.
– Mas não tive nem a hombridade de avisar a família daquele qüera, sou um porqueira!
– Bueno, se tu tivesse avisado haveria manifestação, repudio popular, passeata, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente, acho o senhor um pacifista, merece uma estatua.
– Mas senhor delegado, eu enterrei o coitado homem ali mesmo, na beira da estrada.
– Tá provado, tu és um grande humanista… enterrar um argentino… é um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente até hienas.
– Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo, estoy vivo!
– Garanto que era mentira dele, esses argentinos mentem muito!.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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