Diz Roberto Freire sobre o desastre em Alagoas e Pernambuco, onde até agora não se tem uma estatística correta sobre os tais 1.500 desaparecidos. Afirmar de novo que Geddel Vieira Lima, então ministro da Infraestrutura gastou 65% da verba de prevenção de tragédias na Bahia não é desculpa, é confissão de culpa:
“É imoral a situação que leva nossos irmãos brasileiros do Nordeste – como já ocorreu também com os do Sul – ao desespero de perder família, casa, enfim, tudo o que tinham.
Esse tudo na maioria das vezes era muito pouco, porque a tragédia das enchentes, como a da seca, golpeia aqueles que menos têm, a quem sobra os espaços mais insalubres e perigosos nas periferias das cidades.
O caráter perverso do drama que estão enfrentando alagoanos e pernambucanos é que dinheiro não deveria faltar para evitar que desastres como o que enfrentam com a chegada das chuvas ocorressem.
Nem para acudi-los com presteza e garantindo-lhes dignidade e agilidade no socorro. No entanto, lá estão eles em meio a escombros de cidades devastadas.”
Leia mais sobre o artigo de Roberto Freire, publicado no Valor Econômico, no site do PPS.
