85 milhões é o prejuízo da volta precoce dos canarinhos.

A eliminação do Brasil da Copa do Mundo da África do Sul resultou em um estoque encalhado de produtos verde-amarelos da ordem de R$ 85 milhões em todo o país, entre camisetas, vuvuzelas, cornetas e outros itens temáticos. A estimativa foi feita hoje (4) pelo professor de marketing de varejo da Fundação Getulio Vargas e diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Daniel Plá. Somente no estado do Rio, segundo ele, R$ 8,5 milhões em estoque devem ficar encalhados.

“Os lojistas, de fato, estavam esperando vender ainda muitos produtos verde -amarelos. Agora, fica muito difícil vender, mesmo com até 50% de desconto”, disse Daniel. Ele acha que “até a indústria de televisores vai ser afetada”. Algumas lojas já estão dando desconto de 10% a 15% nos aparelhos, porque esperavam que as vendas continuassem aquecidas até a próxima semana, quando ocorrerá o encerramento da Copa. “Todo mundo esperava que o Brasil fosse até a final.”

O saldo, porém, é positivo, destacou Daniel. Ele disse que o comércio tradicional sai ganhando, uma vez que os produtos verde-amarelos representam uma fração reduzida do faturamento do setor: menos de 5% do total. “É quase como uma inversão do que se previa”. A perda de R$ 1 bilhão projetada para o comércio do Rio de Janeiro, caso o Brasil fosse até a final da Copa, ficou estancada, assinalou Daniel. No caso do Brasil como um todo, a perda estimada era de R$ 10 bilhões. Alana Gandra, repórter da Agência Brasil.

Fica também prejudicado o aproveitamento institucional da Copa. A Seleção vitoriosa poderia render algumas centenas de milhares de votos para o Primeiro Mandatário da República, assim como, em 1970, o ditador de plantão, Garrastazu Médici, aproveitou os feitos do selecionado nos campos mexicanos.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

2 comentários em “85 milhões é o prejuízo da volta precoce dos canarinhos.”

  1. E o prejuizo que os comerciantes tiveram em manter suas portas fechadas no horário do jogo.. se botarmos na balança , garanto que o prejuizo e muito maior que lucro da copa vendendo bandeirinhas !! Ainda bem que acabou !!!!

  2. Boa João Pedro, concordo plenamente com você! Sem falar nas barbaridades vistas no trânsito e nas bebedeiras promovidas pela nossa jovem classe média de LEM.

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