É a luz no fim do túnel: os 17 presos políticos que Cuba prometeu libertar “proximamente” devem começar a emigrar ainda hoje para a Espanha com suas famílias, de acordo com fontes da chancelaria espanhola. Ontem, eles continuavam a ser transferidos de cadeias do interior da ilha para Havana.
Pelo menos dez dissidentes que devem ser soltos foram encaminhados para a clínica da prisão Combinado del Este, na capital, onde passaram por exames médicos e colocaram em dia a documentação para a viagem.
Os 17 presos são os primeiros da lista dos 52 prisioneiros de consciência que o presidente Raúl Castro prometeu libertar em até quatro meses durante um encontro com o cardeal de Havana, Jaime Ortega, e o chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, na quarta-feira. Cinco dos detentos deveriam ter sido soltos na semana passada, mas o governo não explicou por que adiou a libertação.
Agora, só faltam a liberação da imprensa e as eleições democráticas. Mas isso é novo capítulo da saga de um povo que fez uma revolução para livrar-se de uma ditadura e acabou caindo em outra, muito pior.
Enquanto isso, o cadáver que anda, Fidel, fez uma aparição pública, depois de quatro anos. O adágio popular diz que “não morre por ruim”.
