E este trem que nunca vem?

A publicação, nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União, do relançamento do polêmico edital para implantação do subtrecho da Ferrovia Oeste-Leste, entre Ilhéus e Barreiras, e do  edital para contratação de empresa para a realização do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para a construção do Aeroporto de Ilhéus, sem dúvida, foi motivo de comemoração por parte do governo estadual. Na última segunda-feira, o processo licitatório foi suspenso e não faltaram críticas por parte dos oposicionistas.

Mesmo entre os crédulos de melhor estirpe, ingênuos militantes e bobos-de-estrada mais característicos, ninguém acredita mais nessa ferrovia. Não consultei meu oráculo de ingenuidades, aquela velhinha que mora, sozinha, num sitiozinho do Angical. Mas mesmo ela não deve acreditar que o cavalo-de-ferro chega na próxima década a Barreiras. Esta republicação do edital não passa de factóide eleitoral.

A quilometragem das ferrovias instaladas no País vem caindo deste o início da década de 60 e as privatizações contribuíram ainda mais para isso, com a redução de ramais pouco lucrativos. Todas as construções estão paradas no País. O sistema agoniza, com exceção das ferrovias exportadoras de minérios.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “E este trem que nunca vem?”

  1. Essa ferrovia é um blefe eleitoral de Lula, de Wagner e de seus “companheiros” oportunistas aqui do Oeste. Acordem eleitores!!! Vamos mudar o País com Serra, a Bahia com Paulo Souto e Luís Eduardo com ACM Neto e Sandro Régis.

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