Wagner aplicou 307 milhões em ONGs, sem licitação.

A gestão do governador Jaques Wagner (PT) repassou pelo menos R$ 307 milhões para ONGs e fundações, em convênios sem licitação. Parte dessas instituições têm ou tiveram em seus quadros servidores do Estado e, ainda assim, foram escolhidas sem concorrência pública. Entre eles está o ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira, ligado ao PMDB.
Dos R$ 307 milhões, a maior parte foi paga pelo Estado no ano de 2009 – R$ 109 milhões. O valor é quatro vezes mais que o total investido pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) no mesmo ano – R$ 26 milhões. A soma dos convênios do ano passado é praticamente o mesmo valor de tudo que foi investido pela SSP entre 2007 e 2009, que equivale a R$ 111 milhões.
O total de R$ 307 milhões se refere às 70 maiores entidades sem fins lucrativos que firmaram parceria com o Estado no mesmo modelo do Instituto Brasil Preservação Ambiental, que teve convênio suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na semana passada. Os dados constam no Transparência Bahia, portal do governo.
O TCE critica a sistemática dos convênios e aponta falta de fiscalização. A oposição acusa o governo de “aparelhamento” das ONGs. O governo, por sua vez, diz que está tudo dentro da lei. As informações são do jornal A Tarde.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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