“Não há presidente que possa governar na garupa, ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros”.
O candidato José Serra, ontem, na Globo, falando sobre o poste e o criador. Na verdade essa afirmação pode ser uma “faca de dois legumes”, como dizia o finado Vicente Matheus: o povão quer Lula e, por via de consequência, a sua gerente. Nas grandes periferias das capitais, nos sertões áridos do nordeste, os descamisados de Luiz Inácio, o messias que percorreu seu calvário num pau-de-arara, rezam pela continuidade do seu status quo de exclusão social. Percorre suas veias e artérias um frêmito de adoração pelo campeador que lhes trouxe as migalhas do Bolsa Família, do Salário Desemprego e do empréstimo consignado das aposentadorias e os mantém no doce e ingênuo apartheid da ignorância, do analfabetismo funcional ou absoluto.
