Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra”. Assim Cícero se referia no Senado às intermináveis alocuções do senador Lucius Sergius Catilina. “Até quando, Catilina, abusará de nossa paciência?” Assim, o nosso Grande Timoneiro está abusando de nossa paciência. Agora reconhece docemente que pode haver segundo turno, mas insiste que isso é apenas uma postergação da vitória de Dilma.
O Supremo Imperador do Reino dos Factóides, o chefe do clã dos escândalos não sabidos e não conhecidos, encheu o saco e a paciência de todo mundo e agora reconhece apenas meia derrota? Ainda bem que o ostracismo lhe espera a partir do dia 1 de janeiro de 2011, quando se tornará apenas uma figura circunstancial e sem o estofo do estadista que tentou ser e nunca foi.
Já passou muita gente de baixa extração pela presidência da República, como o cheirador collorido, o corrupto dos cabelos da asa da graúna, Sarney, o bêbado Janio Quadros e os que permitiram a tortura, como Médici. Mas nunca ninguém abusou tanto de nossa paciência quanto este que agora aqui reina.
