O ex-almirante Emilio Eduardo Massera, de 84 anos, morreu nesta segunda-feira no hospital naval de Buenos Aires vítima de uma parada cardiorrespiratória, informou a imprensa local.
Massera, integrante das juntas militares que governaram a Argentina entre 1976 e 1983, foi processado por roubo e troca de identidade de criança de desaparecidos durante o regime. No entanto, são creditados ao facínora uma enormidade de crimes, principalmente aqueles perpetrados na Escola de Mecânica da Armada, onde milhares de dissidentes argentinos foram torturados e, na maioria das vezes, transportados em aviões militares e jogados em alto mar. Neste local estima-se que passaram 5000 (cinco mil presos) e, entre eles, apenas uma centena sobreviveu. Massera foi julgado e condenado a prisão perpétua em 1985. Indultado pelo governo de Carlos Menem, Massera se tornou novamente alvo da justiça após Néstor Kirchner reabrir os processos contra os militares da última ditadura.
