
A primeira notícia extraída do processo aberto pela ditadura contra Dilma Rousseff na década de 70, documentos que estavam trancados num cofre do STM (Superior Tribunal Militar), revela que o arsenal da VAR-Palmares, para o qual Dilma Rousseff tinha o código de acesso, era uma brincadeira de criança.
Quem já atirou com fuzis Mauser e metralhadoras INA sabe que na época já eram armas antigas e de baixíssima confiabilidade. No golpe de 64, o Exército distribuiu para fazendeiros, comerciantes e homens de confiança as carabinas de repetição Winchester (38) e CBC, com coronha de nylon, calibre 22. O exército no entanto já recebia no final dos anos 60 o FAL – Fuzil Automático Leve, de projeto belga, uma arma até hoje respeitada pela precisão, capacidade de penetração e confiabilidade no manejo.
O arsenal de Dilma incluía: 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de “dinamite granulada” e 30 frascos com substâncias para “confecção de matérias explosivas”.
Sempre entendemos que a Oposição não deveria bater na tecla da Dilma guerrilheira, como de fato não o fez. Ela foi, nessa época, uma heroína ao seu modo, embalada nos seus sonhos de juventude e disposta a tudo, inclusive a largar a família de fartos recursos, para enfrentar a luta contra uma ditadura cruel.
