Boeing ainda não perdeu esperanças. Decisão da compra de caças deve sair esta semana.


O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, recebeu na quarta-feira, em seu gabinete, o vice-presidente da Boeing, Joseph McAndrew, o diretor da empresa na América Latina, Thomas DeWald, e o representante da companhia no Brasil, Norbert Gehr. Na ocasião, os executivos norte-americanos apresentaram o projeto do FA-18 Super Hornet, que disputa o contrato para o fornecimento do novo avião de combate da FAB (Força Aérea Brasileira) com outras duas empresas.

Marinho falou sobre o interesse de trazer investimentos para a cidade e região. “Esse contato é importante independentemente da disputa pelo caça, pois, como prefeito, tenho interesse em trazer investimentos para São Bernardo”. E disse estar em sintonia com o presidente Lula quanto à análise de transferência, pelas companhias concorrentes, de tecnologia, desenvolvimento de novos produtos e geração de empregos para o País.

O vice-presidente da Boeing prevê gerar 5.000 empregos no País. ( Selo por Defesa.Net)

Como várias vezes previu este blog, a decisão da compra de aviões de caça será mesmo no apagar das luzes do Governo Lula. Neste segunda-feira, Lula, Jobim e Dilma Rousseff se reúnem para tomar uma decisão. Um eventual adiamento poderia causar uma saia justa sem precedentes com a confirmação da vinda da secretária de Estado norte americana, Hillary Clinton, à posse da nova Presidente.

A decisão sobre a compra dos caças envolve um grande processo de engenharia diplomática e se arrasta por 15 anos. A Força Aérea brasileira está colocada hoje nos últimos lugares no continente sul-americano, a frente talvez de países como Uruguai, Paraguai, Bolívia e Equador. Por outro lado, uma licitação que atinja valores próximos dos 10 bilhões de dólares é de deixar qualquer gestor de olhos esbugalhados.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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