Soja segue subindo apesar das chuvas na Argentina.

As cotações da soja em Luís Eduardo e região bateram hoje na casa dos 49 reais redondos, apesar dos recuos de Chicago, com preços pressionados pelas chuvas significativas que caíram no final de semana. Aliás, para quem estava acompanhando o Rally Dakar, já havia sinal de muito barro e muita chuva na sexta-feira. E nas tomadas aéreas dava pra ver que as lavouras argentinas são ruins, mostrando fraca arquitetura de plantas, pois ainda não cobriram a linha.
“Já faz muito tempo que não chove assim aqui na Argentina”, afirmou um produtor de milho e soja de General Villegas, ao norte de Buenos Aires. O local recebeu entre 20 e 40 mm de chuva no fim de semana.
No entanto, apesar do recuo, hoje em Chicago, os preços operaram próximos da estabilidade, encontrando suporte nos bons momentos do milho e do trigo. Além disso, a fraqueza do dólar também ajudou a limitar um pouco as perdas e ameniza a pressão do fator climático. A redução de área de plantio de soja nos últimos anos nos Estados Unidos, calculada em 8 milhões de acres, cerca de 3,2 milhões de hectares, e a demanda do milho para fins energéticos (cerca de 120 milhões de toneladas) devem segurar a soja nos atuais patamares.

A nota dissonante foi a descoberta de ferrugem em algumas lavouras de Luís Eduardo, ocasionada certamente pelas chuvas contínuas e pouca luz nos últimos 30 dias.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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