Mortos na tragédia podem ser mais de 1.000.

Em oito dias da tragédia causada pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, o número de mortos chega a 745. Mas, se confirmadas as mortes de ao menos 200 pessoas ainda desaparecidas, de acordo com levantamento do Ministério Público do Estado, uma das maiores catástrofes naturais do país pode contabilizar quase mil mortos. Em algumas regiões, ainda só é possível chegar com motos, jipes e tratores. No alto da encosta de Nova Friburgo, a cidade mais atingida, há bairros isolados onde nenhum carro chega e comida, água, medicamentos e vacinas são transportados em uma espécie de motocross solidário.

As chuvas que atingiram a região serrana do Rio na última semana estão entre as mais intensas já registradas na localidade e as de maior índice pluviométrico da história de Nova Friburgo. Em Petrópolis e Teresópolis, no entanto, o índice ficou abaixo dos recordes anteriores, segundo a chefe da Seção de Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Rio de Janeiro, Marlene Leal. No período de 24 horas, a partir das 20 horas do dia 11, a precipitação foi entre 249 e 297 milímetros em Nova Friburgo. Isso significa que a chuva foi de até 297 litros por metros quadrado ou uma lâmina d’água de quase 30 centímetros.

Por outro lado, um simples radar meteorológico poderia ter previsto o volume inédito de chuva, para a consequente tomada de iniciativas como aquela do Prefeito de Areal.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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