Minha casa, meu trambique.

Relata o jornal o Estado de São Paulo, em longa reportagem, de Edna Simão e Tiago Décimo, que apenas seis meses depois de entregues as chaves, o primeiro empreendimento do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana, para famílias de baixa renda, tornou-se uma espécie de assentamento urbano.

As irregularidades incluem comércio ilegal de apartamentos e abandono dos imóveis por falta de pagamento das prestações de apenas R$ 50, colocando em xeque o programa preferido da presidente Dilma Rousseff. Leia a reportagem na íntegra, clicando no link.

O eleitorado do populista Luiz Inácio “não quer só comida, quer a vida como a vida quer”, constante do que  afirma a letra da música “Comida”, de  Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito. Os emergentes ou recém incluídos não querem apenas uma casa ou comer frango todo dia: eles querem viver a vida da maneira mais próxima ao comercial da televisão. Eles querem a sua vida hoje e não amanhã ou a prestações.

A ressaca do populismo, como a dos vinhos de baixa extração, é trágica e cruel. O Estado gigante e provedor acaba entendendo, mais cedo ou mais tarde, que nem todos são iguais e que a determinação pessoal é intransferível e inalienável. Talvez esta seja a frase mais reacionária e cruel que eu já tenha escrito, mas é a afiada e cristalina verdade, que se aprende apenas na maturidade.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Minha casa, meu trambique.”

  1. Aqui em LEM, eles ja estao comercializando os lotes e as casas doadas pela prefeitura, imagine em Feira de Santana, então…
    triste, tem gente que é melhor deixar sofrendo do que ajudar.

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