
O jornalista Luiz Antônio Araujo, enviado especial do Grupo RBS ao Egito, que foi agredido por manifestantes, segue a cobertura no Cairo e não tem data definida para voltar. “Estamos oferecendo toda a assistência e aguardando sua manifestação de quando deseja retornar para emitirmos suas passagens”, explicou a Coletiva.net a editora de Comunicação de Zero Hora, Lúcia Pires. Araujo, que cobre os protestos contra o presidente Hosni Mubarak desde a madrugada da última quarta-feira, 2, informou, ontem pela manhã, em boletim na rádio Gaúcha ter sido cercado por manifestantes com facas, pedaços de pau e pedra. Levou socos e pontapés nas canelas. As agressões a Luiz Antônio Araujo e a outros dois jornalistas da TV Brasil, estes expulsos do País, repercutiram nos noticiários da quinta-feira.
Inicialmente refugiado na embaixada do Brasil no Egito, o jornalista está a salvo e já retornou para o Novotel, no Cairo, onde está hospedado e de onde envia notícias para os veículos da RBS sobre as manifestações na capital Egípcia.
O Grupo RBS divulgou nota à imprensa condenando a agressão sofrida pelo seu enviado ao Cairo. “A agressão a Araujo e a outros jornalistas estrangeiros é, no entendimento da RBS, uma clara tentativa de restringir o trabalho de imprensa. O Grupo RBS vai denunciar estes fatos junto à Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a entidades internacionais que lutam em defesa da Liberdade de Expressão”, registra o comunicado. Do site Coletiva.Net.
Quando a democracia é rarefeita, quem primeiro sofre é a imprensa. Não é esta a posição, por exemplo, do deputado federal Oziel Oliveira. Ontem, durante almoço realizado em Barreiras, Oziel, instado por um amigo, que apontava este editor “como o jornalista que fala mal de você”, mostrou espírito democrático: “Ele apenas faz o seu trabalho”.
