Vem aí o baby-boom do apagão.

Só reclamou do apagão de ontem quem não vive em Luís Eduardo Magalhães. Aqui é normal. Hoje mesmo, em alguns bairros, a energia só foi restabelecida às 9 horas da manhã e às 16h30m já tinha sumido de novo, voltando após 20h30m. Inclusive já estamos treinando, em casa, procedimentos de emergência, como responsabilidade dividida entre os membros da família para desligar o equipamento mais próximo, como computadores, geladeira, televisões e outros que estejam desligados, mas com o stand-by ligado. Pois nunca se sabe se o próximo apagão vai durar 12 horas ou 12 segundos. E quando a energia volta, a voltagem está sempre alterada para mais, o que queima tudo. Estamos pensando inclusive em fundar uma agremiação política chamada PDC – Partido dos Desvalidos da Coelba, com o objetivo de reivindicar melhor tratamento.

O pior não é a falta de energia: ver o Lobão do Apagão dar explicações à imprensa no outro dia é um exercício de paciência que ninguém merece. Ou uma torrente de palavrões.

O lado bom da história é que com esses apagões seguidos, todo mundo vai dormir mais cedo, com notável incremento da taxa de crescimento demográfico. Ainda vamos conhecer esta época como o do baby-boom da Coelba.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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