
Até agora não conseguimos confirmar que o deputado Oziel Oliveira tenha de fato votado, primeiro pela manutenção do projeto-de-lei do salário mínimo de R$545,00 e depois pela emenda de R$600,00, do PSDB. O site Pimenta na Muqueca e o site do Congresso em Foco relacionam apenas que Oziel Oliveira votou pelo mínimo de R$600,00. Se for assim, marcou ponto com seu eleitorado, mas deu a maior bola fora com as lideranças da base governista.
Na madrugada, os governistas aprovaram outra bomba: de agora em diante o valor do mínimo vai ser decidido por decreto, sem passar pelo Congresso.
São poucos os homens com vergonha na cara dentro daquela casa de leis.
Veja, em ordem alfabética, quais foram os deputados de partidos da base governista que, descumprindo a orientação do Palácio do Planalto, votaram pela fixação do salário mínimo em R$ 560:
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Enio Bacci (PDT-RS)
Eudes Xavier (PT-CE)
Francisco Praciano (PT-AM)
Giovanni Queiroz (PDT-PA)
Jair Bolsonaro (PP-RJ)
João Dado (PDT-SP)
Miro Teixeira (PDT-RJ)
Paulo Maluf (PP-SP)
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)
Reguffe (PDT-DF)
Salvador Zimbaldi (PDT-SP)
Sebastião Bala Rocha (PDT-AP)
Vieira da Cunha (PDT-RS)
Zoinho (PR-RJ)
Deputados da base do governo que votaram a favor da emenda de R$600,00:
Francisco Floriano (PR-RJ)
Jair Bolsonaro (PP-RJ)
Luiz Argôlo (PP-BA)
Oziel Oliveira (PDT-BA)
Sérgio Moraes (PTB-RS)
Tiririca (PR-SP)
Zoinho (PR-RJ)
Dizem que um articulador do PT, egresso do governo Jaques Wagner, chamou o deputado Luiz Argolo num canto e avisou: “ Para não piorar a sua situação, fique um bom tempo sem visitar ministérios.”
Ninguém duvidou em momento algum que a mão pesada de dona Dilma ia se fazer presente em momentos importantes do Congresso. O poder legislativo no País é cada vez mais uma metamorfose caricata do que deveria ser. Nem no tempo da ditadura tivemos tanto deputados subservientes.
