Segundo a Associação Brasileira do Carvão Mineral, o Brasil precisa de implementar mais 5 GW por ano ao sistema de energia elétrica para enfrentar a demanda do crescimento da economia. Isso significa que o somatório de energia necessária é maior que a produção prevista de Belo Monte e quase igual à produção prevista das usinas do rio Madeira, as grandes obras planejadas ou em construção.
Termoelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e energia eólica são soluções de curto prazo, que podem contribuir substancialmente para isso, enquanto os mega projetos de energia, que demandam anos para a construção, como as usinas do Rio Madeira, não entram em produção.
Alguns alegam que a energia eólica não tem performance constante, no entanto não atentam para o fato de que a localização diversa destas plantas pode ter efeito regulador: quando não está ventando num determinado lugar, está ventando em diversos outros lugares. Ainda é pouco explorada a energia dos ventos à meia-encosta e sopé de elevações, onde os ventos de planície aceleram, em ascensão térmica.
No mapa acima, pode-se notar que a Bahia é contemplada com um dos maiores potenciais de energia eólica, além do litoral do Nordeste e do litoral do Rio Grande do Sul. As regiões assinaladas nas cores amarela e vermelha são as de maior velocidade e ocorrência de ventos.
