Pelo equipamento usado pelas duas apresentadoras de telejornais, ao vivo, dá para se notar que o medo de novos terremotos é permanente.
A agência meteorológica japonesa advertiu hoje para o risco elevado de, até a próxima quarta-feira (16), ocorrer um novo terremoto no país de magnitude de 7 graus ou mais na escala Richter. “Existe um risco de 70% de ser registrada uma réplica [do sismo de sexta-feira] de magnitude 7 ou mais” nos próximos três dias, disse o diretor da previsão sísmica da agência, Takashi Yokota, citado pelos jornais locais. Depois de 16 de março, a probabilidade vai descendo gradualmente, passando para 50% entre 16 e 18 de março.
As réplicas, com magnitudes entre 2 e 6 graus, têm sido incessantes desde sexta-feira, data do primeiro sismo registado ao largo da costa nordeste japonesa, que atingiu 8,9 graus na escala Richter, segundo o Instituto de Geofísica dos estados Unidos (USGS). A agência meteorológica japonesa, cujos instrumentos de medida tinham avaliado esta magnitude em 8,8 graus inicialmente, elevou hoje a intensidade do terremoto inicial para 9 graus.
Mesmo para o Japão, onde quase todos os anos há terremotos, incluindo de magnitude 7, este sismo é de uma amplitude sem precedentes, afirmam os especialistas. O arquipélago está localizado no Anel de Fogo do Pacífico, uma fileira de vulcões que coincide com o encontro de placas tectônicas.
Se acontecer esta nova e grande réplica, como se comportarão os geradores nucleares japoneses que já se encontram abalados? “São as adversidades mais difíceis que enfrentamos desde a 2ª Guerra Mundial”, disse hoje o primeiro-ministro japonês Naoto Kan.
Às 16h de hoje, horário de Brasília, as agencias internacionais de notícias confirmavam dados oficiais das autoridades japonesas, dando conta que já são mais de 1.400 mortes no desastre.

