Brasileiro nasce, hoje, devendo 8.500 reais.

Mantega: gestor do buracão.

A dívida externa brasileira está batendo de novo em US$240 milhões, depois  do presidente Lula ter anunciado que pagou toda a dívida e ainda emprestou dinheiro para o Fundo Monetário Internacional. Por outro lado, o estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFI) subiu 1,84% em dezembro de 2010, para R$ 1,603 trilhão, depois de ficar em R$ 1,574 trilhão em novembro. Os dados constam de relatório do Tesouro Nacional divulgado há pouco. No fim de 2009, o estoque estava em R$ 1,398 trilhão.
Desta dívida, os papéis pré-fixados são quase 38% e a parcela de títulos públicos federais atrelada a índices de preços ficou praticamente estável na composição do total, saindo de 28,08% em novembro para 28,14% um mês depois, ou R$ 451,30 bilhões.

Moral da história: se o Governo pagar o serviço da dívida, tudo está bem. Apesar de que o grande buraco, interno e externo, só cresce. Este é o resultado do “grande salto para o futuro” ou ainda, da “Epopéia do Nunca Antes”, de 8 anos do Governo Lula. A camarilha locupletou-se, o país endividou-se e a desigualdade permanece igual.

Crescer 7,5% às custas de investimento obtido com o lançamento de títulos da dívida pública não é crescimento. É apenas sórdido endividamento para as gerações futuras. Se o brasileiro, pobre ou rico, nascer nesta madrugada, já nasce devendo o equivalente a 8.500 reais. Os mais pobres vão pagar esse valor, sabe-se lá como, na boca do caixa do supermercado e na passagem do coletivo. E o empresariado vai ser achacado, todo dia, toda hora, com a maior carga tributária do planeta.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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