Gastança continua!

Esplanada dos "Mistérios", vista da torre do Senado. Aqui some o suado dinheiro do brasileiro comum.

Em março deste ano o governo federal se comprometeu, por meio do decreto número 7.446, a reduzir em até 50% os gastos com passagens, diárias e locomoção dos servidores e autoridades federais. Hoje, pouco mais de um mês após o lançamento da legislação, já é possível observar os primeiros resultados da ação governamental. Comparando-se o primeiro trimestre do governo Dilma com igual período no ano passado, a meta alcançada foi a redução de R$ 260 milhões nas despesas com viagens, o que representa 13%, percentual ainda aquém do esperado.

A contenção mais significativa foi nas despesas com diárias de pessoal civil, que foram reduzidas em 31,6%, com relação ao mesmo período de 2010, o que representa economia de mais de R$ 40 milhões no orçamento público. Mesmo assim, o valor foi inferior ao previsto quando o ajuste fiscal foi anunciado, com a intenção de conter os gastos públicos.

Houve ainda aumento no valor referente ao pagamento de passagens e locomoção. O valor subiu para 120 milhões, 10,4% a mais que o desembolsado em 2010. Dentre os órgãos que menos economizaram, até o mês de março, destacaram-se, o Ministério da Educação e o Ministério do Meio Ambiente, que ao contrario do espírito de economia incentivado pela Presidente, aumentaram os gastos com diárias em 9,9% e 5,5% respectivamente. E nos gastos com passagem o Ministério de Relações Exteriores encabeça a lista com o aumento de 243%, 10 milhões a mais para a movimentação dos funcionários públicos. Do site Contas Abertas.

Ou seja: estão economizando, mas só um pouquinho em relação à loucura que foi 2010 em termos de gastança. A “viúva” continua explorada e vilipendiada. Enquanto, neste País não se introduzir, pela força das urnas ou de um levante popular, o governo mínimo, a cornucópia dos cofres públicos continuará aberta, sangrando o contribuinte. São 39 ministérios, a grande maioria criada no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso e nos dois períodos do Governo do PT, para abrigar os “cumpanheiro”. O número de cargos de confiança dobrou nos últimos 16 anos e as mordomias ficaram cada vez maiores, como os famigerados cartões corporativos.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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