No início da semana passada, mandamos, via e-mail, uma série de perguntas à secretária do Meio Ambiente de Luís Eduardo, Fernanda Aguiar, sobre a evolução do projeto de implantação de um aterro sanitário e a organização do atual lixão. Era para montarmos uma entrevista do tipo perguntas e respostas. Fernanda nos respondeu também por e-mail e foi tão objetiva, clara, concisa, sem perder o aspecto coloquial e informal, que reproduzimos aqui, na íntegra, sem o formato jornalístico, sua mensagem:
“O pré-projeto de recuperação do lixão foi apresentado dia 28 de outubro do ano passado e de lá pra cá vínhamos trabalhando nos ajustes do projeto até que o mesmo foi finalizado.
Quarta-feira, dia 06 de abril, foi emitida a ordem de serviço para que as obras se iniciem dia primeiro de maio.
Neste período que trabalhamos com o projeto algumas áreas foram vistoriadas e analisadas para instalar o aterro sanitário, mas a mesma não foi adquirida.
Era e é uma decisão que cabia ao Prefeito e a mim restava aguardar. De tempos em tempos cobrava e alertava sobre o problema. Graças a Deus deu tudo certo! Para mim é uma das ações mais importantes do Governo Humberto Santa Cruz. Se eu saísse da Prefeitura sem essa decisão sairia frustrada, mas Dr. Humberto é um governante administrador e quer o bem da cidade, está trabalhando para humanizar LEM, dar qualidade de vida, e isso inclui cuidados com o nosso meio ambiente.
Bem, quanto às respostas, seguem abaixo:
O projeto de recuperação do lixão prevê tratamento dos gases, compactação do lixo e monitoramento.
A impermeabilização do solo só vai ocorrer no aterro sanitário, que ainda não temos a área definida.
O aterro sanitário prevê tratamento do chorume e gás.
Atualmente são levados 50 toneladas/dia de lixo para o lixão, sendo a maior parte de resíduos orgânicos.
O governo Humberto Santa Cruz atendeu em sua gestão uma demanda antiga, coletar resíduos no Assentamento rio de Ondas e na Muriçoca, duas vezes por mês. A comunidade está muito feliz! Isso é qualidade de vida!
Não haverá coleta seletiva executada pela empresa que venceu a licitação. Vamos trabalhar a coleta de outra forma: primeiro através
do projeto Recicla Saúde, o qual já está em andamento. Daqui a 30 dias lançaremos o projeto Coleta Seletiva Solidária, com catadores
cadastrados, que irão até nossas casas coletar o material reciclado.
Seremos referência na Bahia sobre esse assunto também, não tenho dúvidas. São 300 lixeiras que serão distribuídas e serão individuais e não coletivas porque a experiência trocada com a ANAMMA – Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente – de outras localidades demonstram que na prática o lixo não é separado. Essas lixeiras são caríssimas, é dinheiro público que está sendo investido e colocado à disposição da população para a nossa qualidade de vida.”

Gostaria de deixar uma pequena contribuição para este comentário sobre o lixo.
Tive a oportunidade de conhecer LEM e até morar por algum tempo ai, e gostaria de quando eu tiver oportunidade de voltar encontrar uma cidade mais bonita e limpa daquela que conheci no ano de 2010 quando ali estive.
Mas minha contribuição ao assunto lixo, é que aqui em Ponta Grossa, PR, tem um projeto da Secretaria do Meio Ambiente que troca lixo reciclavel por alimentos. A cada 2 (dois) kilos de lixo é trocado por um kilo de alimentos, frutas, verduras e legumes, que a prefeitura compra. Este lixo trocado por alimento, é enviado para 4 cooperativas de catadores que separam e vendem para empresas de reciclagem, dividindo entre os cooperados o resultado desta venda deste material. Caso seja de interesse de Lem em conhecer o projeto em sua integra, tenho certeza que a Secretaria do Meio Ambiente vai colaborar com a cidade de Lem, onde sabemos que tem muitos Pontagrossenses morando.
Renato,
Recentemente passou uma matéria sobre o assunto em um canal de televisao, o qual nao me recordo, e simplesmente a permuta era feita a partir de pequenos produtores familiares, se nao me falha a memoria, onde a prefeitura comprava os alimentos e os trocava pelo lixo, desde que fosse feita a entrega na forma de coleta seletiva, nao simplesmente “lixo” por comida. A idéia é valida e pode muito bem ser aplicada em nossa cidade.
Com certeza voce encontrará uma LEM muito mais bonita e organizada da próxima vez que vier aqui.
Os caros leitores não leram a matéria com atenção. Já está sendo feita, no Jardim das Acácias, a troca de alimentos por recicláveis.
Sr, Mario muito bem observado pelo Sr. em relação ao material que é trocado por alimentos, realmente não é lixo comum como me expressei, mas sim material possível de ser reciclado. E os alimentos são realmente comprados pela Prefeitura dos pequenos produtores, e troca pelo material reciclado na proporção de 2 kls de material recoclido por um kilo de alimento.
Prezado Senhor responsável por este blog, quero me desculpar, mas não consegui entender na reportagem acima que o sistema desenvolvido em LEM seja aos moldes feitos aqui em nossa cidade. Embora que a forma como é feito a coleta deste material pouco importa, sendo o mais importante é que seja recolhido e assim evite-se que o mesmo acabe nos lixões de forma incorreta.
Portanto, parabéns ao Sr. Prefeito e sua equipe por mais este trabalho em prol da cidade de LEM.