Governos abusam dos impostos para manter estado perdulário.

No dia 21 de março, o impostometro marcava 300 bilhões de arrecadação no País.

O preço da gasolina que hoje gira em torno de R$ 2,94 em Luís Eduardo Magalhães e Região poderia ser de apenas R$ 1,26 se a soma de impostos dos governos federal e estadual não estivessem ficando com a maior fatia do bolo: 57%. Veja os cálculos que faz Kelly Lima, para o jornal O Estado de São Paulo:

“O litro da gasolina custa, em média, US$ 1,73 na cidade de São Paulo, valor 70% maior do que o cobrado em Nova York e 105% maior do que na Rússia, um dos países emergentes do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Os dados são do estudo realizado pela Airinc, consultoria norte-americana especializada em preços globais.

Apesar de sair das refinarias 25% mais barato do que de uma refinaria dos EUA, o combustível chega à bomba muito mais caro do que em qualquer posto de lá.

A carga tributária representa 57% do valor do litro da gasolina, perdendo só para os países europeus, onde a política de desestímulo ao uso de carros puxa para 70% o tributo sobre a gasolina.

A pesquisa considera a cotação do dólar em R$ 1,67. Sendo assim, o preço médio do litro do combustível na capital paulista foi de R$ 2,89. No ranking das Américas, preparado pela consultoria, o Brasil possui o maior preço entre seus vizinhos, todos com tributação menor.

Os maiores preços estão na Turquia, com o litro da gasolina custando US$ 2,54, e na Eriteia, país africano que vive em conflito com sua vizinha Etiópia, US$ 2,53. Nas Américas, atrás do Brasil, estão o Chile US$ 1,57, Cuba (US$ 1,35) e Canadá (US$ 1,31). Nos Brics, o Brasil também lidera o ranking: China cobra US$ 1,11; Índia US$ 1,26 e a recém incluída África do Sul, US$ 1,27.”

Um estado menor, com impostos menores e apoio à livre iniciativa é o que o País espera. O Estado não deve e não pode sacrificar 190 milhões de brasileiros de maneira contínua em nome de uma inclusão social que nunca chega, de um resgate de despossuídos que só acontece na propaganda governamental.

Esta situação pode prolongar-se por anos, até o momento em que um choque de desobediência civil faça “na marra” a reforma política, tributária e previdenciária e coloque na cadeia um punhado de corruptos que dirigem os destinos da Nação.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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