Um dia movimentado na Câmara de Vereadores de Luís Eduardo.

O Executivo de Luís Eduardo Magalhães estuda projeto para redução de 50% do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI, durante o período de 6 meses, por indicação de seu líder na Câmara Municipal, vereador Sidney Giachini. Segundo Giachini existe um grande número de transmissões represadas entre os munícipes por falta de dinheiro para pagar o imposto, além do custo cartorial da escritura.

Dolla agredido

Dolla

Os vereadores de Luís Eduardo lamentaram, durante a sessão legislativa ordinária do dia 7, as agressões sofridas por Cantídio Pires Maciel Filho, o Dolla, candidato a vice-prefeito na cidade, nas últimas eleições, na coligação liderada pelo PMDB. Policiais da CIPE-Cerrado agrediram Dolla com tapas e acusaram-no de desacato após uma abordagem, quando o político não portava documentos. Alaídio Castilhos, Ondumar Marabá e outros vereadores protestaram em uníssono conta a agressão, tendo em vista o fato de Dolla ser homem de pequena estatura e ter mais de 60 anos. Alaídio prometeu, ainda, convocar os comandantes da companhia destacada da Polícia Militar, Capitão Gama, e o comandante da CIPE-Cerrado, major Uszeda, para prestar esclarecimentos na comissão de Direitos do Cidadão e Cidadania.

Mariussi não assina moção da AIBA.

O vereador Valmor Mariussi negou-se a assinar moção de congratulações à AIBA – Associação dos Produtores e Irrigantes da Bahia pela realização, com sucesso, da Bahia Farm Show. A moção foi proposta pela vereadora Janete da Saúde. Mariussi não esconde o fato de que é representante, na Câmara, do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, que se encontra em luta aberta e franca com a AIBA pela liderança da classe produtora da região.

Mariussi aproveitou seu discurso no Grande Expediente, na Câmara, para pedir, à Prefeitura, a construção de uma feira livre no bairro Mimoso 3, no final da avenida São Francisco. O bairro fica distante da feira livre do bairro Santa Cruz.

Cadeia para professores?

O vereador Ariston Aragão, defensor dos interesses dos evangélicos, lamentou a nova legislação contra a homofobia e o kit gay:

– Se um professor recriminar dois “homões” se beijando no pátio da escola vai acabar pegando de 2 a 5 anos de cadeia.

Alaídio, o esquecido.

Pela segunda vez o vereador Alaídio Castilho esquece o nome deste jornalista ao proferir discurso na tribuna. Na última sessão ordinária, tentou citar o jornalista, que lhe dera, uma informação importante sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Vamos comprar uma dose extra de remédio à base de fósforo para ceder uma parte ao vereador.

Ondumar, o corajoso.

O vereador Ondumar Marabá não foi contemplativo com o pessoal do Sindicato dos Professores, como os outros vereadores:

-Educadores, legisladores e Executivo têm que resolver os problemas da Educação no Município, sem a interferência do Sindicato. Educação é prioridade nacional, os professores merecem o aumento pretendido, mas o Sindicato, na maior parte das vezes, prejudica a negociação entre as partes envolvidas. A negociação deveria chegar antes ao Legislativo. Não esqueçamos que o Município precisa de 100 novas salas de aula por ano e mais 20 salas para creches. O Município está gastando 60% do Fundef com a folha de pagamento.

Alvíssaras de Giachini

O vereador Sidney Giachini lembrou as boas notícias da semana: ontem iniciou-se o processo licitatório para a duplicação de parte do trecho urbano da Br-242; O Governo do Estado promete recapear os 250 quilômetros do Anel da Soja. Além disso, a Superintendência do INSS da Bahia liberou a instalação de um escritório do Instituto em Luís Eduardo, desde que o escritório de Barreiras libere pessoal e a Prefeitura pague o aluguel de um prédio próprio. O próprio Giachini acha difícil que isso aconteça, apesar da enorme demanda de trabalhadores  inscritos em Luís Eduardo. Parece que o deputado Oziel Oliveira tem influência política no INSS e não quer facilitar a vida de Humberto Santa Cruz em nada. A briga dos dois é sem quartel.

Plenário cheio, vaias e apupos.

O presidente da Câmara, Cabo Carlos, teve dificuldade para controlar vaias, risos e conversas em voz alta dos professores presentes à sessão ordinária desta terça-feira. Se os professores não contemplaram com um pouco de urbanidade a sessão legislativa, dá para imaginar como são ordeiras suas aulas. Aliás todos os vereadores ficaram pisando em ovos com os professores. Não esqueceram que a classe representa mais de 2.500 votos nas próximas eleições, se levado em conta o voto de seus familiares. O Sindicato é roxo e teso partidário do pré-candidato Oziel Oliveira. E o presidente, Elson Sá Telles, já se declarou, em pequenas rodas, candidato a vereador. É a tal democracia. Sempre bem vinda, desde que não atrapalhe, mais que ajude, o desenvolvimento da Educação do Município.

Vereadores nervosos com a enquete.

Os vereadores ligaram nesta terça-feira reclamando da enquete que o Jornal O Expresso publica. Uns afirmando que deveriam ter mais votos; outros protestando contra o fato de um vereador ter publicado em sua página do Facebook um pedido de votos. Os mais nervosos pedindo o encerramento da consulta e exigindo que os votantes citassem o número do título eleitoral, certamente a mais absurda das proposições, já que o blog não pode usurpar e investir-se na condição de autoridade eleitoral.

A todos esclarecemos que a enquete não é uma pesquisa eleitoral, que carece de qualquer embasamento científico e que tem por objetivo apenas conhecer, de maneira frágil, o perfil político do blog, que reconhecemos, tem penetração apenas em uma parcela de leitores mais qualificados.

Pesquisa eleitoral é coisa séria e deve ser feita com extremo cuidado técnico. A enquete do blog prende-se apenas ao desejo do Editor de conhecer a tendência política dos seus leitores e nada mais.

A pesquisa vai ficar no ar até o último minuto de sexta-feira. “Duela a quem duela”, segundo afirmava o insigne ex-presidente da República, Fernando Collor. Um assassino confesso do idioma espanhol.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Um dia movimentado na Câmara de Vereadores de Luís Eduardo.”

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