

Texto e fotos Eduardo Lena, do Jornal Nova Fronteira
Quatorze delegados, três Promotores de Justiça, 50 policiais civis, 30 prepostos da Secretaria da Fazenda e dez Policiais Militares fizeram parte da força tarefa articulada pela Secretaria da Fazenda, Ministério Público Estadual e pela Secretaria de Segurança Pública, através da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) para cumprir nove mandatos de prisões temporárias e nove de buscas e apreensões em residências e comércios de empresários que atuam na comercialização de grãos (soja, milho e algodão) na região Oeste da Bahia, mais especificamente em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
Débora Pereira, coordenadora da ‘Operação Barreira’ e delegada titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), em Salvador, disse que essa força tarefa foi criada pelo Governo do Estado para combater a sonegação fiscal e evasão de divisas, que após fechado o levantamento, deve ultrapassar as cifras dos milhões. “Há dois anos que o governo estadual vinha investigando a sonegação fiscal aqui no Oeste da Bahia e há aproximadamente seis meses as investigações foram aprofundadas”, disse a delegada, informando que nas investigações foram detectadas notas fiscais, DAE’s e Conhecimentos de Transportes de Cargas (CTRC’s) falsificados e clonados ou mesmo de empresas fictícias, com reutilização de documentos fiscais, declarações falsas em documentos fiscais, levando a efetiva prática de burla à fiscalização, inclusive com orientação aos motoristas de caminhões para desviar dos Postos Fiscais.
Até às 09h30 da manhã de hoje, a polícia já havia efetuado duas prisões, as dos empresários Adelino Geller e Douglas Amorim. “Estamos esperando a confirmação de outras duas prisões, as de Marcos Veloso(Luís Eduardo Magalhães) e Flávio Fernandes (Barreiras)”, falou Débora Pereira.
Segundo a delegada, Adelino Geller é proprietário da empresa Agrovita (Luís Eduardo Magalhães) e Douglas Amorim da empresa All Business (Barreiras). “Além desses empresários, estamos também investigando sobre a possível participação de funcionários públicos. Até o momento não temos nomes para indicar”, concluiu.
Por volta das 14h30 a delegada concederá entrevista coletiva para a imprensa onde apresentará os envolvidos nesta operação criminosa.
Pena – A sonegação fiscal abre brechas para o apenado, no qual consta que caso ele restitua os valores sonegados, existe a extinção de punibilidade. “Mas no entendimento da Dececap e do Ministério Público Estadual com relação a esses crimes, é que estamos diante de uma organização criminosa. Em razão disso a punição é mais severa, com pena de reclusão respondendo ao crime de formação de quadrilha”.
