Fontes oficiosas da política barreirense davam conta, ontem, quarta, 22, à noite, como certa a transferência do ex-prefeito Antonio Henrique do PMDB para o PP e a sua pré-candidatura à Prefeitura de Barreiras. Adiantam ainda que, como nas esferas estadual e federal, PP e PT são aliados, essa aliança poderia ser reverberada em Barreiras, com a adesão de Maria Anália à chapa desafiante.
O pequeno, mas feroz, núcleo do PT de Barreiras nega com clareza qualquer apoio a Antonio Henrique ou qualquer outro candidato que não venha de suas hostes. Mas a decisão sempre pertencerá ao chefe do Partido no Estado.
A escolha de Antonio Henrique poderia estar ligada à conversa que manteve na terça-feira com Humberto Santa Cruz, prefeito de Luís Eduardo Magalhães e líder do agronegócio na Região Oeste. Humberto trouxe uma mensagem de João Leão, líder do PP no Estado, que talvez tenha sido a gota d’água para mudar seu posicionamento. Aos ‘jornalistas da casa’, Antonio Henrique afirma que vai primeiro consultar o ex-ministro Geddel Vieira Lima, líder do PMDB no Estado e até agora seu chefe político. No entanto, tanto Antonio Henrique como a ex-deputada Antonio Pedrosa sabem como seria importante o apoio tácito do Palácio de Ondina à campanha municipal que se avizinha.
Quem não gosta desse movimento, é o casal: a atual titular do Governo Municipal, Jusmari Oliveira e o deputado federal Oziel Oliveira. Eles também estão convencidos da importância do apoio de Jaques Wagner. O Governador parece conservar, entretanto, um travo amargo nas relações com Oziel e Jusmari, que começou durante um palanque partilhado com o então prefeito de Luís Eduardo, há quase quatro anos, quando um desentendimento entre o cerimonial do Governo do Estado e o alcaide não deixaram uma boa impressão em Wagner.
Mesmo a participação de Oziel na campanha vitoriosa de 2010 na coligação do Governador parece ter afastado essa nebulosidade nas relações. O posicionamento ostensivo e recente do Deputado, bem como de sua seguidora, a deputada estadual Kelly Magalhães, em relação à emancipação do Estado do São Francisco podem ter agravado esta distensão. Jaques Wagner é contra qualquer movimento separatista do Oeste baiano e a imprensa alinhada com o Palácio de Ondina demonstra isso.
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