Bicicletas elétricas para a mobilidade urbana. Por que não?

Surpreendente a reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, sobre a praga que afeta Nova Iorque: as bicicletas elétricas. Acontece que os ciclistas de lá são mesmo elétricos: andam na contra-mão, por cima das calçadas e cometem outros tipos de infração. Tudo que os motoboys fazem no Brasil e até em Luís Eduardo. Na verdade, as bicicletas elétricas poderiam ser a grande solução para as cidades brasileiras. Veja só: o metrô de Salvador já custou um bilhão e ainda não saiu do lugar e nem vai sair tão cedo.

Produto brasileiro, com capacidade de carga de até 120 kgs.

Bastava o Governo comprar  e doar 330 mil bicicletas elétricas (elas custam em torno de 3 mil reais) e estaria resolvido o problema da tal mobilidade urbana. Veja só as vantagens: não se gastava ainda mais o dinheiro público, resolvia o problema do trânsito, deixava de poluir a cidade e ainda eliminava um bocado de motoqueiro maluco. Os custos sociais dos acidentes com moto ainda vão levar o sistema de saúde ao caos. Mais do que já está.

Se o custo do metrô de Salvador for mesmo de 3 bilhões, para os propalados 22 kms, as doações ou subsídios poderiam alcançar um número aproximado de 2 milhões de bicicletas elétricas. E a previsão máxima de atendimento do metrô é de 400 mil passageiros/dia.

Para outras metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que já tem arremedos de ciclovias, seria uma solução exemplar. Porto Alegre tem um grande plano de implantação de ciclovias. Até Brasília, com trânsito congestionado e metrô saturado, poderia pensar numa solução alternativa como essa.

Se não vai doar a bicicleta, que se faça um plano “minha bike, minha vida” e se financie em “trocentos” meses a aquisição do veículo.

É claro que os acidentes e os congestionamentos não se extinguiriam de uma hora para outra. Mas dada a baixa velocidade (circulam no máximo a 50 km/hora, com velocidade média de 20 km/hora) os danos poderiam ser menores. Quer mais incentivo? Que o Governo coloque pontos de abastecimento (as bikes elétricas fazem um máximo de 70 kms com uma carga de bateria) gratuitos nas principais vias.

Por aqui, o prefeito Humberto Santa Cruz, que está asfaltando largas avenidas e espera a duplicação da BR, já poderia pensar também em ciclovias para as bicicletas elétricas.

 

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

2 comentários em “Bicicletas elétricas para a mobilidade urbana. Por que não?”

  1. Acontece que ai vai faltar energia para abastecer essa ótima idéia, que os petralhas insistem em racionar sem construir novas hidreletricas.

  2. SITE: BICICLETAS ELÉTRICAS PITA BRAGA…..TOP DE LINHA, ARO 26, BATERIA DE LITHIUM, DUPLA SUSPENSÃO…..PARECEM MÁGICAS POIS TEM PEDAL ASSISTIDO ( ACELERAM AUTOMATICAMENTE AO PEDALAR ) ….NÃO COMPRE GATO POR LEBRE. GARANTIA E ASSISTENCIA “NO BRASIL”

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