Ministério Público Federal quer INCRA ativo nas invasões a prédio público.

As ocupações ao prédio da superintendência do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária na Bahia (Incra) devem ser reprimidas a partir de agora, segundo recomendação feita pela Procuradoria da República na Bahia que indica que o Incra deve adotar medidas de uma portaria de 1998 – responsável por estabelecer providências a serem tomadas no caso de invasões.

A portaria interministerial nº 325 de 29 de abril de 1998 determina que no caso da iminência de uma invasão, os servidores devem se retirar imediatamente do trabalho e comunicar o fato à Polícia Federal e à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Além disso, a portaria ainda determina que seja adotada uma medida judicial para que o imóvel ocupado tenha a posse reintegrada. 

Outra medida recomendada pela portaria é que  assim que aconteça a invasão o dirigente do Incra divulgue as condições do imóvel e dos bens patrimoniais e que os invasores sejam responsabilizados por eventuais danos. O Incra também deve divulgar à população que os atrasos causados a seus serviços são decorrentes da invasão e, por isso, são responsabilidade dos invasores.

O Ministério Público Federal investiga em um inquérito civil que medidas o Incra está tomando para garantir a integridade dos bens e agentes públicos no caso de invasões. Para o MPF, as apurações não apontam até o momento que o Incra tenha tomado qualquer providência nesses casos.

O Incra foi ocupado em abril desde ano por movimentos sociais por conta do “Abril Vermelho”, que lembrava a chacina em Eldorado de Carajás. Em junho, houve novamente uma ocupação, dessa vez pelo Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais, que reivindicavam a titulação de terras quilombolas na Bahia.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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