Partido da República diz que não quer colocar faca no peito de Dilma.

Blairo Maggi: o Senador do MT achou melhor não expor seu telhado de vidro ocupando cargo no Executivo. As metralhadoras do PT continuam assestadas, com olho gordo em cima das verbas polpudas do Ministério dos Transportes e do DNIT.

A decisão sobre o nome que irá assumir o Ministério dos Transportes pode ficar para quarta-feira (13). Diante do impasse criado pelo impedimento do senador Blairo Maggi (PR-MT) para assumir o cargo, o Partido da República (PR) só voltará a se reunir no meio da próxima semana para discutir o assunto. Maggi admitiu a sondagem do Palácio do Planalto, mas como as empresas das quais ele é sócio têm contratos com o governo, ele não pode, legalmente, ficar com a vaga de ministro sem deixar os negócios privados.

Segundo o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (PR-MG), a próxima reunião marcada entre ele, Maggi e o senador Magno Malta (PR-ES), os três encarregados pela cúpula do PR para encontrar um nome que agrade à presidenta Dilma Rousseff e que seja fiel ao partido, será na quarta-feira (13).

Apesar do impasse gerado pela recusa de Maggi, que era o preferido do PR para ficar com o cargo, Lincoln Portela procurou ser cauteloso quanto à indicação do partido, que é da base aliada do governo e tem uma bancada de 40 deputados federais e seis senadores, já contando com o retorno do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) para o Senado.

“Quem tem o comando é a Presidente. Esses três homens [Malta, Maggi e Portela] que foram colocados como interlocutores do partido para encontrar alguém, em nenhum momento estão impondo nenhum nome”, disse Portela. “Jamais colocaríamos a faca no peito da presidente da Nação”. Da Agência Brasil.

O fato de ter 40 deputados federais, liderar mais um bloco de 24 na Câmara e mais 6 senadores não legitima, em hipótese alguma, o malfadado Partido da República a nenhum tipo de ação política agressiva. Afinal, foi entregue ao PR um dos ministérios mais recheados e em seis meses seus partidários montaram lá um balcão de negócios para sangrar o País. A Presidente se tivesse a autoridade que alardeia ter deveria chamar a Polícia Federal e estabelecer, em conjunto com a Procuradoria Geral da República, inquérito policial para estabelecer responsabilidades e, configurada a roubalheira, mandar os respectivos para a cadeia. Senadores não são cidadãos acima de qualquer suspeita e devem responder por seus crimes.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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