Em meio às especulações sobre a saúde da economia americana e o noticiário negativo vindo do velho continente, as operações de câmbio no país atravessaram uma sessão relativamente mais calma.A moeda americana encerrou a quarta-feira (3/8) em queda de 0,32% frente ao real, a R$ 1,560 para compra e R$ 1,562 para venda.
A desvalorização acumulada do dólar é de 6,1% no ano. Numa equação grosseira, se apenas essa queda fosse compensada, a soja, que hoje vale R$42 em Luís Eduardo, poderia valer algo em torno de R$44,60. Parece pouco, mas para atividades que trabalham com margens líquidas abaixo de 10%, isso pode parecer tudo. O saldo de entrada e saída de dólares no país (fluxo cambial) ficou positivo em US$ 15,825 bilhões em julho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3/8) pelo Banco Central.
No acumulado do ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 55,658 bilhões, sendo que no mesmo período do ano passado o fluxo havia sido positivo em US$ 4,075 bilhões.
As medidas paliativas que o Governo Federal anunciou esta semana, com a retirada da contribuição previdenciária de indústrias que tem forte concentração de mão-de-obra, significam uma virada de costas ao câmbio. A indecisão política em relação a uma âncora cambial pode comprometer o desenvolvimento da economia do setor primário, ainda base das exportações e locomotiva do desenvolvimento econômico. Com informações do Brasil Econômico, Valor Econômico e outras fontes.
