Começa outra faxina, agora no Ministério da Agricultura


O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão do cargo na tarde deste sábado (6). Segundo nome em comando do ministério, abaixo apenas do ministro Wagner Rossi, Ortolan entregou o posto após denúncias de que teria solicitado propina em reuniões no setor de assessoria parlamentar do Ministério da Agricultura. As acusações partiram do lobista Júlio Fróes e foram tornadas públicas no mesmo dia da queda do secretário.

Em nota à imprensa, Milton Ortolan nega todas as acusações e diz que renuncia para facilitar as investigações, além de garantir que provará sua inocência. “Informo que o conheci (Júlio Fróes) por ocasião do início do processo de contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP). Chegou a mim como sendo um representante da PUC-SP”, diz Ortolan na nota.

“Não participei e nem compactuo com ilegalidades. Tenho 40 anos de serviço público. Jamais fui acusado de conduta irregular”, acentua. Ao fim da nota, diz ter “a consciência tranquila”. “Sinto-me injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas. Solicito que sejam feitas investigações em todos os níveis considerados necessários. Coloco-me à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos”.

Mais cedo, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, também manifestou-se sobre as acusações, lançadas originalmente pela revista Veja e a seguir reproduzidas por outros veículos. Repudiando as informações contidas na revista, onde Fróes se diz “amigo” do ministro, Wagner Rossi afirmou que nunca participou de reuniões ao lado do lobista. “Não desfruta de minha amizade e nem de minha confiança. Reafirmo: não é meu amigo”, diz o ministro.

De acordo com Wagner Rossi,já foram encaminhados à Controladoria Geral da União pedidos de investigação sobre a contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP) e da Gráfica Brasil pelo Ministério da Agricultura, bem como procedimento disciplinar para ouvir todos os funcionários citados nas denúncias. “Reafirmo que, sob minha gestão, o Ministério da Agricultura e a Conab sempre atentaram às boas práticas administrativas e de controle interno. Não fui, não sou e não serei conivente com qualquer tipo de desvio”, conclui o texto. Do portal Sul21.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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