Saúde pública brasileira agoniza nos hospitais superlotados.

O aposentado Calistrato Martins, 87 anos, não resistiu à espera de 15 minutos por atendimento no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, e morreu à porta da unidade, neste domingo.

Na sexta-feira, um médico do mesmo hospital registrara como morta Rosa Celestrino de Assis, 60 anos, que estava viva. Na semana passada, a unidade de saúde foi a primeira a não atender o jovem Gabriel Paulino Sales, 21, que tinha caído de uma laje no município.

O episódio foi apontado pela Secretaria de Saúde como a razão da exoneração do então diretor do Hospital Getúlio Vargas, Luiz Sérgio Verbicaro, e do chefe de plantão em Caxias.

Calistrato Martins chegou ao hospital de Saracuruna levado pela filha Maria Rita do Vale. Teriam faltado macas para levá-lo para dentro do hospital. Após a morte, funcionários do hospital se ofereceram para retirar o corpo do carro da família, onde o idoso estava, mas Maria Rita não permitiu.

O hospital quis tirar o corpo dele de dentro do carro, mas a família não permitiu e preferiu aguardar a perícia. Do portal IG.

A saúde pública brasileira ainda vai ser conhecida como o holocausto do início do século XXI. Má gestão, roubalheira, descaso, incúria, são poucos os adjetivos para classificar o setor.

O empresário Jorge Gerdau, presidente da Câmara de Políticas de Gestão, defendeu nesta sexta-feira que, sem uma melhoria nas estratégias e políticas de saúde, o governo não deve impor ao contribuinte a criação de um novo imposto para o setor. Gerdau, que coordenou na manhã de hoje reunião do grupo de aconselhamento da presidente, disse que uma nova tributação só deveria eventualmente ser colocada em prática após se constatar de nenhuma medida de administração pudesse ser mais feita.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário