Mesmo com a implantação de medidas para combater fraudes no seguro-desemprego, o governo federal aumentou a previsão de gastos com o benefício. Segundo o Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2012, no ano que vem, cerca de R$ 26,5 bilhões devem ser desembolsados com o seguro. O montante representa aumento de 30,5%, equivalente a R$ 6,2 bilhões, em relação ao Ploa de 2011, já que a quantia estipulada para esse programa no ano corrente é de R$ 20,3 bilhões.
Em setembro, o governo federal anunciou que ficaria mais difícil fraudar o seguro-desemprego. Agora, para ter direito ao benefício, o interessado terá de deixar o currículo no cadastro do Sistema Nacional de Emprego (Sine), aonde estão registradas vagas de empregos que são cruzadas com os dados do trabalhador. A partir daí, a pessoa deverá participar da entrevista de emprego que lhe é oferecida, sob pena de, após três recusas não justificadas, não conseguir o pagamento do seguro-desemprego. Do Contas Abertas.
O seguro desemprego é um estímulo ao trabalhador para forçar uma demissão. Se demitido, procura emprego, mas só aqueles que admitem sem assinar a carteira profissional. O que deveria ser um auxílio para pais de família desesperados por demissões ou para os altos e baixos da economia virou reduto de malandros e oportunistas.
