Desvio de dinheiro dos Esportes chega a 60 milhões de reais só em Feira de Santana.

 

Pista de borracha foto de Leandro Colon da AE

O jornal Estadão publica hoje reportagem que relata mais uma grande negociata promovida pelo Ministério dos Esportes, agora relacionada diretamente com a Bahia, mais especificamente em Feira de Santana. O professor Antonio Lopes Ribeiro, presidente da Famfs,  parceiro antigo do Ministério do Esporte, recebeu, nos últimos oito anos, levou R$ 60 milhões da pasta em convênios dos programas Segundo Tempo e Pintando a Liberdade/Cidadania. Ele é personagem de dois inquéritos no Ministério Público por irregularidades no uso do dinheiro da pasta.

Com o discurso da sustentabilidade, o professor se ofereceu para receber dinheiro do Esporte pela produção, nas dependências de sua entidade, de pistas de atletismo com placas de resíduos de borracha. O ministério topou e, desde 2007, começou a repassar verba para o projeto.

Em 2009, surgiu uma novidade: a fundação recebeu R$ 753 mil para fazer uma pista de atletismo móvel, a “primeira oficial do mundo”, segundo palavras do professor Lopes e do site do ministério, e mais outras quatro fixas, todas com pneus velhos. O contrato foi assinado pelo hoje secretário nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro. O resultado da aventura está, hoje, nos galpões da entidade beneficiada, com as placas de borracha abandonadas e sem uso previsto.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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