Bahia quer know how neozelandês para inserção na cadeia de exportação.

O boi da Bahia precisa melhorias para exportação: castração, genética, rastreamento, fiscalização no abate, melhoria de pastagens e adaptações da indústria.

Representantes do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados do Estado da Bahia (Sincar) participaram na última sexta-feira (11) de uma reunião com o embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Mark Trainor, para conhecer os interesses neozelandeses na agropecuária baiana e apresentar os potenciais do estado, sobretudo, as oportunidades de investimento para melhoria do processamento de carnes. O encontro ocorreu na sede da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), e foi ministrada pelo presidente da Federação, João Martins da Silva. A caprinovinocultura e a cadeia produtiva do leite também estiveram representadas no encontro.

A Nova Zelândia é sétimo maior exportador de carne bovina do mundo, tem um rebanho bovino aproximado de 9,5 milhões de animais, e exporta cerca de 80% do que produz. Ela contabiliza em torno de 30 milhões de ovinos. Nos últimos anos, recorrentes missões comerciais têm acontecido entre a Nova Zelândia e a Bahia, que incluíram a ida do governador Jaques Wagner para aquele país em 2010. Em junho deste ano, o Sincar também capitaneou uma expedição para buscar referências tecnológicas nas melhores e mais eficientes plantas industriais neozelandesas.

A proposta esboçada pelo embaixador na reunião da Faeb teve foco maior na transferência de know how. Um grupo de consultores neozelandeses já se encontra em terras baianas, dispostos a iniciar um trabalho de consultoria nas plantas industriais.

“Acho uma proposta muito interessante de se conhecer. Mas, também, assinalo que há muito espaço para atração de investimentos neozelandeses em todo o estado. Já temos aqui um caso de sucesso com a produção de leite a pasto no Oeste da Bahia, uma das maiores produtividades do mundo, e podemos dar início a outras experiências”, disse Júlio Farias, presidente do Sincar.

Padronizar para exportar

O presidente do Sincar, Júlio Farias, lembra que, embora no estado existam seis frigoríficos com o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), sendo um deles o maior frigorífico do mundo, o JBS, mesmo assim, o estado não exporta“nem um bife”. Segundo ele, não por falta de interesse dos frigoríficos em se adequar. “Falta padronizar também a matéria-prima. Boi para exportação tem de ser rastreado e castrado, mas nada disto existe ainda. São necessários investimentos em toda a cadeia produtiva, melhorar genética, investir em recuperação de pastagens. O Estado também tem fazer seu dever de casa, fiscalizando o abate e diminuindo a clandestinidade. De Catarina Guedes.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Bahia quer know how neozelandês para inserção na cadeia de exportação.”

  1. Interessante, Catarina, mas enquanto não nos enquadrarmos à lei estaremos sofrendo estas adversidades. Precisamos, mais do que nunnca de sim(s), sie(s), sif(s) funcionais e não o que nos disponibilizam. A ADAB precisa adequar-se assim como a nossa logística.

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