A última celeuma política que envolve a “doação” de um patrimônio público de Barreiras, a concessão do sistema de água e esgoto para Embasa, pode pôr em xeque a “harmoniosa” relação entre o legislativo e o executivo.
O mais novo adiamento da votação do projeto, ocorrido na terça-feira (29/nov), teria acontecido por conta das várias emendas apresentadas pelos edis à proposta original de autoria do governo estadual – endossada de olhos fechados pela prefeita Jusmari Terezinha.
Numa das proposituras, o parlamento estabelece que 5% de todo lucro da estatal baiana na cidade deve ser repassado integralmente aos cofres da municipalidade, a título de taxa pela exploração do serviço.
A inédita sublevação parlamentar teria irritado a chefe do Governo Cidade Mãe, obrigando-a embarcar às pressas para Salvador, nesta quarta-feira (30/nov), a fim de prestar esclarecimentos ao nórdico do Palácio de Ondina.
Como em política “quem menos anda voa”, a ‘postura’ dos vereadores e a ‘discordância’ da prefeita pode ser interpretada de duas maneiras: ambos os poderes compreenderam o tamanho da desgraça que causarão ao município com a doação, ou teria começado a temporada (pré-eleitoral) “salve-se quem puder”. (Fernando Machado)
