Professores do segundo grau de colégio público, de Luís Eduardo Magalhães, anunciaram para os alunos, no primeiro dia de aula, que algumas matérias ficarão sem seus mestres, porque o concurso público do Estado só foi realizado no dia 29 de janeiro e as efetivações vão demorar.
Pelo jeito não é só na segurança pública que a Bahia vai mal. Como assim, “algumas matérias vão ficar sem professores?” Até quando? Como serão compensadas estas aulas?
Os professores foram ainda mais longe: em determinados dias é possível que não seja dada nenhuma aula, portanto os alunos estarão dispensados de comparecer. É um caso tipo de incúria, desmando e descaso com a principal responsabilidade do Estado, a Educação, já que Segurança e Saúde andam pelas tabelas.
A Diretoria Regional de Educação tem que vir a público e esclarecer o problema. Tem que ter responsabilidade com seus clientes, os contribuintes. Porque se alguém pensa que colégio é gratuito no Estado e no Município, está muito enganado: todos os dias pagamos o ICMS na gasolina, nos gêneros de primeira necessidade, no fornecimento de energia, de água e, pasmem, até nos remédios. Sim: pagamos caro e adiantado.


Na verdade, ocorreu uma seleção pública para REDA no dia 29/01/2012, pois o (des)governo da Bahia não realizada concurso público a alguns anos.
No entanto, o pior de tudo, é que no edital da seleção, as vagas para o interior da Bahia, absolutamente insuficientes, permitem a participação de professores/as em formação (a partir do 6º semestre dos cursos de Licenciatura) ou apenas com ensino médio, ferindo a lei maior da Educação Nacional: a LDB nº 9.394/96.
É um descaso tão grande e vergonhoso com a educação, que nos faz querer mesmo é morar na “propaganda do governo da Bahia”, porque morar na realidade é cruel demais!